Considera��es Iniciais
T� mandando um texto, mas � dif�cil tentar manter o n�vel de voc�s, por isso prometo tentar melhorar sempre.
A est�ria n�o � autobiogr�fica, nem de leve...
Deixo os personagens a disposi��o, caso algu�m queira escrever sobre o presente, passado ou futuro de qualquer um dos quatro (na verdade � um desafio!!!)...
Saiu tudo de uma vez, n�o pensei muito, nem revisei direito, perdoem o amadorismo...
L� vai...
Passada no Escrit�rio
Eram onze e meia. Acordou com aquele zumbido ensurdecedor na cabe�a. N�o conseguia abrir os olhos nem se mexer, apenas tentava lembrar aonde tinha ficado a porra da neosaldina. Passou uns minutos imaginando como seria bom mover objetos com a mente. Queria que uma garrafa de Big Coke viesse diretamente do congelador para sua boca. Se arrependeu do brilho da noite anterior. Era uma ressaca daquelas. Como quase todo dia.
Resolveu arriscar e abrir os olhos. Teve uma vis�o aterradora ao dar de cara com uma mocr�ia horrorosa, nua ao seu lado, (Nota do autor: imagine o Nareba de peruca loura, com cabelos bem crespos, tipo o de Pia�ava, ex-namorada de Binho!!!!), mas pelo menos acabou se sentindo menos envergonhado pelo broxada daquela noite. Come�ou com um pensamento quase obsessivo. �Nunca mais saio com o Caveira. Nunca mais saio com aquele filho da puta!!!! Acabou, agora � s�rio�. Vinha prometendo isto para si desde que resolveu largar as drogas, a uns oito meses, mas tinha reca�das com muita freq��ncia.
Levantou-se com uma dificuldade incr�vel, passou a m�o sobre a c�moda, pegou um comprimido e foi direto pra geladeira. Teve que se contentar com �gua. Voltava para o quarto pensando em como se livrar rapidamente daquela coisa, quando o telefone estoura seus t�mpanos.
- Fala merm�o...vamos a praia!!!!
- Porra Caveira, te ligo depois.
- Olha o sol l� fora...
- Te ligo depois cumpadi...
Desligou. Sabia que n�o tinha se livrado do Caveira. Tinha que sumir com o tribuf� antes que o companheiro chegasse. Cutucou-a com um comprimido na m�o e um copo d��gua, e quase n�o acreditou quando ela disse que n�o precisava.
Enquanto a coisa se vestia, ele ficava rezando pra ela ir logo. Pensou em botar uma vassoura atr�s da porta, mas se lembrou que n�o acreditava nessas babaquices.
- Pra onde voc� vai?
- Tenho que pegar um �nibus at� a rodovi�ria e outro pra Coelho Neto. Me empresta cinco pratas?
Procurou na carteira vazia, passou as m�os nas �ltimas moedas e entregou para ela. Quando come�ava a explicar como fazer pra ir para o Rio, toca uma buzina conhecida na frente de casa. Era ele.
Antes que pudesse pensar em qualquer coisa, ouve passos pelo corredor.
- Chegou t�o doido que deixou a casa aberta...
Antes de responder, percebe o riso nos olhos do Caveira. Sabia que seria sacaneado pelo resto da vida.
- Vamos pegar uma praiana. Damos uma passada no escrit�rio e vamos direto pra Itaqu�. Aproveito e dou uma carona pra sua amiga. Pra onde a princesa vai?
Entraram no carro. Achou muito estranho o intiner�rio do Caveira, mas logo percebeu a sacanagem. Chegaram no ponto final do 996 e o Caveira mandou ela descer, com as devidas instru��es pra chegar na Rodovi�ria. Ficou com algum remorso porque sabia que o dinheiro n�o ia dar, mas antes dela voltar sa�ram cantando pneu.
Pegaram o caminho pro escrit�rio ouvindo �O Rappa�. Pegaram a ponte, acenderam um back e tudo ficou engra�ado. Acharam estranho aquele engarrafamento no s�bado de manh�. Depois de quarenta minutos, entraram no acesso pra rodovi�ria e viraram a direita, na dire��o da Quinta da Boa Vista. N�o conseguiam esconder a fissura. Quanto mais perto chegavam, mais longe pareciam estar, por causa da lerdeza do fusquinha 79. A Visconde de Niter�i nunca foi t�o grande.
Chegaram. Pararam o carro. Entraram no beco de sempre. O mesmo frisson. A mesma feira. A mesma gritaria. A mesma d�vida. Um grito chamou a aten��o.
- Homem preto n�o mente, homem preto n�o mente. O melhor p� do Rio. Homem preto n�o mente, homem preto n�o mente, o melhor p� do Rio.
Se entreolharam.
- E a� sangue, � bom mesmo?
- Que que foi chefia. Melhor p� do Rio. T� falando. Homem preto n�o mente. Esse � garantido. Melhor p� do Rio.
- Quanto t�?
Gastaram os �ltimos centavos e ainda agradeceram o desconto de R$ 1,40. Entraram no carro e deram a partida. O Caveira prepara a carreira em cima da revista de estima��o. Espera subir na Ponte pra dar a primeira cafungada.
- E a� Caveira?
Sil�ncio. O Caveira olha pro teto e massageia o nariz.
-E a� Caveira? Fala, porra!!!!!
Os olhos do Caveira brilham....de raiva, muita raiva.
- VOU MATAR AQUELE CRIOULO FILHO DA PUTA. VOU MATAR AQUELE CRIOULO!!!! FILHO DA PUTA!!!! A M�E DELE DEVE TAR NA ZONA DANDO O CU AGORA!!!!EU MATO AQUELE CRIOULO!!!!
Ficou em d�vida. N�o conseguia saber se o p� era muito ruim ou muito bom. A fissura aumenta.
- Bate uma pra mim.
- Pra qu�. Isso aqui � quase um talco. Vou matar aquele crioulo.
Ele queria assim mesmo. Sabia que por pior que fosse, daria pelo menos um al�. Enquanto o Caveira preparava, o motor come�a a falhar. O carro engasga. Engasga. Engasga. Morre. N�o d� partida. Acabou a gasolina. Os dois cheiram tudo. Saem do carro pra esperar socorro. Na outra pista v�em a mocr�ia passar na janela do 996. Lembraram do passeio de Ponta d�Areia at� Charitas. Crioulo filho da puta.
T� mandando um texto, mas � dif�cil tentar manter o n�vel de voc�s, por isso prometo tentar melhorar sempre.
A est�ria n�o � autobiogr�fica, nem de leve...
Deixo os personagens a disposi��o, caso algu�m queira escrever sobre o presente, passado ou futuro de qualquer um dos quatro (na verdade � um desafio!!!)...
Saiu tudo de uma vez, n�o pensei muito, nem revisei direito, perdoem o amadorismo...
L� vai...
Passada no Escrit�rio
Eram onze e meia. Acordou com aquele zumbido ensurdecedor na cabe�a. N�o conseguia abrir os olhos nem se mexer, apenas tentava lembrar aonde tinha ficado a porra da neosaldina. Passou uns minutos imaginando como seria bom mover objetos com a mente. Queria que uma garrafa de Big Coke viesse diretamente do congelador para sua boca. Se arrependeu do brilho da noite anterior. Era uma ressaca daquelas. Como quase todo dia.
Resolveu arriscar e abrir os olhos. Teve uma vis�o aterradora ao dar de cara com uma mocr�ia horrorosa, nua ao seu lado, (Nota do autor: imagine o Nareba de peruca loura, com cabelos bem crespos, tipo o de Pia�ava, ex-namorada de Binho!!!!), mas pelo menos acabou se sentindo menos envergonhado pelo broxada daquela noite. Come�ou com um pensamento quase obsessivo. �Nunca mais saio com o Caveira. Nunca mais saio com aquele filho da puta!!!! Acabou, agora � s�rio�. Vinha prometendo isto para si desde que resolveu largar as drogas, a uns oito meses, mas tinha reca�das com muita freq��ncia.
Levantou-se com uma dificuldade incr�vel, passou a m�o sobre a c�moda, pegou um comprimido e foi direto pra geladeira. Teve que se contentar com �gua. Voltava para o quarto pensando em como se livrar rapidamente daquela coisa, quando o telefone estoura seus t�mpanos.
- Fala merm�o...vamos a praia!!!!
- Porra Caveira, te ligo depois.
- Olha o sol l� fora...
- Te ligo depois cumpadi...
Desligou. Sabia que n�o tinha se livrado do Caveira. Tinha que sumir com o tribuf� antes que o companheiro chegasse. Cutucou-a com um comprimido na m�o e um copo d��gua, e quase n�o acreditou quando ela disse que n�o precisava.
Enquanto a coisa se vestia, ele ficava rezando pra ela ir logo. Pensou em botar uma vassoura atr�s da porta, mas se lembrou que n�o acreditava nessas babaquices.
- Pra onde voc� vai?
- Tenho que pegar um �nibus at� a rodovi�ria e outro pra Coelho Neto. Me empresta cinco pratas?
Procurou na carteira vazia, passou as m�os nas �ltimas moedas e entregou para ela. Quando come�ava a explicar como fazer pra ir para o Rio, toca uma buzina conhecida na frente de casa. Era ele.
Antes que pudesse pensar em qualquer coisa, ouve passos pelo corredor.
- Chegou t�o doido que deixou a casa aberta...
Antes de responder, percebe o riso nos olhos do Caveira. Sabia que seria sacaneado pelo resto da vida.
- Vamos pegar uma praiana. Damos uma passada no escrit�rio e vamos direto pra Itaqu�. Aproveito e dou uma carona pra sua amiga. Pra onde a princesa vai?
Entraram no carro. Achou muito estranho o intiner�rio do Caveira, mas logo percebeu a sacanagem. Chegaram no ponto final do 996 e o Caveira mandou ela descer, com as devidas instru��es pra chegar na Rodovi�ria. Ficou com algum remorso porque sabia que o dinheiro n�o ia dar, mas antes dela voltar sa�ram cantando pneu.
Pegaram o caminho pro escrit�rio ouvindo �O Rappa�. Pegaram a ponte, acenderam um back e tudo ficou engra�ado. Acharam estranho aquele engarrafamento no s�bado de manh�. Depois de quarenta minutos, entraram no acesso pra rodovi�ria e viraram a direita, na dire��o da Quinta da Boa Vista. N�o conseguiam esconder a fissura. Quanto mais perto chegavam, mais longe pareciam estar, por causa da lerdeza do fusquinha 79. A Visconde de Niter�i nunca foi t�o grande.
Chegaram. Pararam o carro. Entraram no beco de sempre. O mesmo frisson. A mesma feira. A mesma gritaria. A mesma d�vida. Um grito chamou a aten��o.
- Homem preto n�o mente, homem preto n�o mente. O melhor p� do Rio. Homem preto n�o mente, homem preto n�o mente, o melhor p� do Rio.
Se entreolharam.
- E a� sangue, � bom mesmo?
- Que que foi chefia. Melhor p� do Rio. T� falando. Homem preto n�o mente. Esse � garantido. Melhor p� do Rio.
- Quanto t�?
Gastaram os �ltimos centavos e ainda agradeceram o desconto de R$ 1,40. Entraram no carro e deram a partida. O Caveira prepara a carreira em cima da revista de estima��o. Espera subir na Ponte pra dar a primeira cafungada.
- E a� Caveira?
Sil�ncio. O Caveira olha pro teto e massageia o nariz.
-E a� Caveira? Fala, porra!!!!!
Os olhos do Caveira brilham....de raiva, muita raiva.
- VOU MATAR AQUELE CRIOULO FILHO DA PUTA. VOU MATAR AQUELE CRIOULO!!!! FILHO DA PUTA!!!! A M�E DELE DEVE TAR NA ZONA DANDO O CU AGORA!!!!EU MATO AQUELE CRIOULO!!!!
Ficou em d�vida. N�o conseguia saber se o p� era muito ruim ou muito bom. A fissura aumenta.
- Bate uma pra mim.
- Pra qu�. Isso aqui � quase um talco. Vou matar aquele crioulo.
Ele queria assim mesmo. Sabia que por pior que fosse, daria pelo menos um al�. Enquanto o Caveira preparava, o motor come�a a falhar. O carro engasga. Engasga. Engasga. Morre. N�o d� partida. Acabou a gasolina. Os dois cheiram tudo. Saem do carro pra esperar socorro. Na outra pista v�em a mocr�ia passar na janela do 996. Lembraram do passeio de Ponta d�Areia at� Charitas. Crioulo filho da puta.
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