Galinha Cabidela
É camaradas, a gripe do frango vai doer no nosso bolso. Explico: Com a saída da Tailândia do mercado internacional (quarto maior exportador de frango do mundo), as encomendas de frango brasileiro aumentaram em cerca de 10% de uma hora para outra. O problema é que todos os frigoríficos já estavam operando com 100% da capacidade (ano passado fomos o segundo maior exportador e terceiro maior produtor), ou seja, não há margem para aumento da produção a curto prazo. Além disso, não há exedente de produção, porque o consumo interno é alto (o maior da história em volume).
O problema é que o mercado internacional paga melhor, e portanto as industrias estão preferindo exportar. Portanto, a oferta de frango no mercado interno tende a diminuir, e pela lei da oferta e da procura...
Aumentar a produção não é tão simples por vários fatores. Primeiro, com frango não dá pra fazer especulação com animal vivo. Passou de 42 dias de idade, o bicho come e não engorda, gerando prejuízo (diferente de bovinos, que por causa do sistema de comercialização no Brasil, faculta ao produtor abatê-lo ou não). Deste modo, abatemos hoje, o que foi alojado 42 dias atrás. Pra aumentar a produção, teríamos que aumentar a produção de pintos, o que demora algum tempo, porque deve-se aumentar o número de matrizes primeiro.
Outro problema é a ocupação do parque industrial. Nas últimas semanas os abatedouros da região aumentaram um turno por semana, abatendo aos sábados (de segunda a sexta, abatem de 5 da manhã até meia noite - dois turnos). Estes frangos abatidos no sábado não tem 42 dias... as empresas estão adiantando a programação de abate. Abatem-se portanto frangos menores (que produzem menos carne). Não existe espaço pra abater mais no curto prazo.
Ah, se você é especulador, vai uma dica. A secretaria de agricultura do Paraná informou oficialmente que a quebra da safra na região oeste do Estado, por causa da seca, é de 10%. Conversando com produtores, afirmo que a quebra será maior... em torno de 40 a 50%. Aqui é a região de maior produtividade/ha do Brasil.
É camaradas, a gripe do frango vai doer no nosso bolso. Explico: Com a saída da Tailândia do mercado internacional (quarto maior exportador de frango do mundo), as encomendas de frango brasileiro aumentaram em cerca de 10% de uma hora para outra. O problema é que todos os frigoríficos já estavam operando com 100% da capacidade (ano passado fomos o segundo maior exportador e terceiro maior produtor), ou seja, não há margem para aumento da produção a curto prazo. Além disso, não há exedente de produção, porque o consumo interno é alto (o maior da história em volume).
O problema é que o mercado internacional paga melhor, e portanto as industrias estão preferindo exportar. Portanto, a oferta de frango no mercado interno tende a diminuir, e pela lei da oferta e da procura...
Aumentar a produção não é tão simples por vários fatores. Primeiro, com frango não dá pra fazer especulação com animal vivo. Passou de 42 dias de idade, o bicho come e não engorda, gerando prejuízo (diferente de bovinos, que por causa do sistema de comercialização no Brasil, faculta ao produtor abatê-lo ou não). Deste modo, abatemos hoje, o que foi alojado 42 dias atrás. Pra aumentar a produção, teríamos que aumentar a produção de pintos, o que demora algum tempo, porque deve-se aumentar o número de matrizes primeiro.
Outro problema é a ocupação do parque industrial. Nas últimas semanas os abatedouros da região aumentaram um turno por semana, abatendo aos sábados (de segunda a sexta, abatem de 5 da manhã até meia noite - dois turnos). Estes frangos abatidos no sábado não tem 42 dias... as empresas estão adiantando a programação de abate. Abatem-se portanto frangos menores (que produzem menos carne). Não existe espaço pra abater mais no curto prazo.
Ah, se você é especulador, vai uma dica. A secretaria de agricultura do Paraná informou oficialmente que a quebra da safra na região oeste do Estado, por causa da seca, é de 10%. Conversando com produtores, afirmo que a quebra será maior... em torno de 40 a 50%. Aqui é a região de maior produtividade/ha do Brasil.
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